6 minutos para leitura
Divulga eu!
Por Vanessa Ferrari
“Meu nome é Luíza de Souza, eu tenho 15 anos, moro em Jundiaí, no bairro Vila Aparecida.
Então, eu tive um contato com a leitura desde pequena. Meu pai, era um artista total, ele escrevia, cantava, pintava, fazia de tudo. E ele tinha uma biblioteca particular, com muitos livros de filosofia, peças de teatro e romances. Eu gostava de pegar os livros, e fingir que estava lendo, criando alguma história totalmente maluquinha, e as vezes, pedia para minha mãe ler para mim.
Quando eu cheguei mais ou menos aos meus 11 anos, eu sofri muito bullying na escola. Foi uma época muito difícil, de descobertas da pré adolescência, meu primeiro amor, minha visão sobre o meu corpo, as mudanças e tudo mais. E escrever era uma válvula de escape, sabe? Eu escrevia histórias sobre situações da minha vida ou textos dizendo o que eu sentia. Lembro que meu primeiro texto se chamava Amor de Gente Grande, que era sobre o amor totalmente novo e diferente do qual eu já havia vivido. Um amor platônico por um garoto da minha escola.
Desde então eu não parei de escrever e publicar. Minha melhor amiga, Mariana, que eu conheci numa plataforma de escrita, me incentiva a escrever todos os dias, por mais banal que seja o assunto. Escrever para mim sempre foi a minha maior fonte de expressão, é quase como uma necessidade biológica. Sinto que não sou ninguém sem a minha escrita.”
Link dos textos: https://www.spiritfanfiction.com/perfil/dinamitexe
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@lubellulidae
Eu vou estar aqui
O idem quer ecoar
O chão duro cabe aos pés
O segurar pra erguer cabe as mãos
Eu vou estar aqui
Se faz jus o desculpar
Aceitar é opção no gabarito
Acertar o tempo todo
É pra poucos, que não sou eu
Eu vou estar aqui
Sem sono junto
Sem vontade de continuar
Sem o suave som de quem pegou Cometa
Sem nada pra beijar
Eu vou estar aqui
Com o sorrir junto
Com o quintal limpo pra receber
Com pratos que alimentam nossos sonhos
Com as cascas de feridas que iremos arrancar
Eu estarei
E espero
O
Idem
IR AO AR Escritos Etílicos
Mad Rodrigues, Valmir Quinto e Tiago Magrello
“Me chamo Mad Rodrigues, moro em Guarulhos e a minha família no nordeste (Piauí). Eles vieram no final da anos 1960 para São Paulo à trabalho.
Meu contato com música/artes vem desde cedo, pois meus pais escutavam muita música em casa.
Sou formado numa área “nada haver “ com a artes, vulgo em qualidade.
Comecei realmente na música antes de “virar poeta”. Em 2000, tinha uma banda que se chamava “Primórdios Mesclados”, onde desde do início o foco foi fazer som autoral, tiravamos umas experiências do Chico Sciense e RATM, mas repertório era 99% autoral. Nessa época já escrevia as letras das músicas, sempre buscando jogar luz na questão social do país e da sociedade em geral.
Tivemos uma repercussão bem bacana na cidade, onde fizemos abertura para Lobão, Mestre Ambrósio e o mais emocionante foi fazer abertura para Tom Zé, foi incrivel!!! Infelizmente, houve um desgaste devido ao som que deveríamos continuar fazendo e a banda se desfez.
No meio de tudo isso casei, me separei e fiquei um pouco fora dessa parte artística, mas a arte foi muito MAIS forte entorno de mim e dentro da minha cabeça. E nesse meio tempo já escrevia algumas coisas. Como não quis montar outra banda me aventurei na escrita, na verdade gosto de chamar de poesia. Foi quando me senti mais livre, pois não tinha o compromisso de pensar na música, melodia, refrão e etc. Era apenas escrever.
Como adoro música instrumental, chamei um amigo (Cristiano Modesto, guitarrista muito bom!) mais o Valmir Quinto (Percussionista incrível!) pra fazer umas bases onde eu recitaria por cima. Aí nasce o projeto “IR AO AR- Escritos Etílicos”, e logo se junta a nós o Tiago Magrello (Guitarra e sintetizador).
As primeiras apresentações usavamos as bases junto com pandeiros e eu recitava sem cantar, com gestos bem forte e performático. O legal de tudo isso é que se apresentavamos com bandas de rock, mas recitando.
Hoje somos um trio, e tudo que escrevo quando encaixa transformarmos em escritos sonoros. Após isso cai de cabeça nas poesias. Leio e escuto de tudo e de todos. Gosto tanto de Waly Salomão, Manoel de Barros, Paulo Lemisky até Arnaldo Antunes, Adriana Calcanhotto, Listener, Radiohead, e muita música brasileira.
Aos poucos, por ser muito assíduo em exposições de museus em geral, descobri que muito dos escritos nasciam a partir de obras que esbarram nos meus olhos. Eu tenho uma facilidade incrível de tirar palavras de imagens, pinturas, esculturas ou uma foto bonita, uma imagem triste ou algo que revela uma sensação. Eu escrevo sobre o que meu coração diz. Já criei uma “fórmula mágica” quando vejo um papel em branco.
Eu escrevo praticamente todos os dias, e percebi isso quanto cresci tendo esse hábito.
Nem tudo que escrevo eu posto, mas tenho três pastas em casa de escritos, e milhares de esboços que tenho a ideia e depois vou trabalhar em cima.
Tudo no meu olhar é escrito quando me toca, me emociona, me encanta.
Esse ano já li a Biografia do Flea do Red Hot, da Baixista do Sonic Youth, e diversos livros de poesia, pois poesia você pode ler milhares de vezes, então tem sempre um comigo.
E minha jóia é meu menino João Bento de 8 anos. Já escrevi algo sobre ele e queria deixar um beijo para ele!
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Me chamo Pedro Galvão e moro na zona sul de São Paulo. Toco e estudo música desde os 12 anos, nunca foi uma coisa que pude ignorar, mas não sou muito bom com pessoas ou apresentações ao vivo, escolhi fazer música coletando pequenos fragmentos do mundo a minha volta e incorporando na minha música. O álbum Octopus Groove é o inicio de uma escada que após 11 anos de aprendizado comecei a subir, a idealização dessas músicas foi feita num período que eu estava há muito tempo sem compor. Esse álbum, pra mim, significa liberdade de expressão e coragem de ser tudo aquilo que precisamos ser para nos mantermos em pé mais um dia.
O álbum Octopus Groove por Pedro Galvão. Músicas autorais com uso de samples de bases livres. Álbum focado em LoFi experimental e beat making.
TRACKLIST:
00:00 - The Last Speech
03:00 - All Dem Fools
06:00 - Lucid Dream In a Japanese Alley
08:37 - Matte
Arte da capa por: Mariella Salgado (@mariecosmicart)
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