7 minutos para leitura
Divulga eu!
Por Vanessa Ferrari e Luíza Souza
Janaina Reis, 33 anos
Guarulhos/SP
Janaina é pedagoga, atriz, clown e cineasta, com mais de 10 obras dirigidas, entre outras produções em que assina como equipe técnica. Integrante de diversos coletivos culturais, entre eles: Cia Bueiro Aberto de cinema independente, Prêmio de Menção honrosa nos festivais Comunicurtas da UEPB, Menção honrosa no Curta Suzano Mostra Competitiva do Alto Tietê, Melhor Trilha Sonora no Quarentena Online Film Festival, mais de 70 obras produzidas e um periódico de cinema, o Zine Gueto Metragem; Coletivo Fotógrafas Guarulhenses e o coletivo de mídia independente Mídia Remota. Foi jurada na quarta edição do festival Guarufantástico.
Trajetória e trabalhos:
“Meu interesse pela arte é antigo, aos 12 anos me encantei pela atuação ao ver uma cena de “Toda Nudez Será Castigada” do dramaturgo brasileiro Nelson Rodrigues. Ali eu entendi que queria fazer teatro e queria experimentar todos os lugares em que eu pudesse ir com a arte.
Eu moro na periferia de Guarulhos, onde não se tem equipamento cultural, no entanto, naquela época tinha cursos de arte oferecidos por uma ONG do bairro, o Núcleo Batuíra, e foi ali que vi essa cena e tomei essa decisão. Iniciei na oficina de teatro, fui de música, canto… mas onde meu pé ficou mesmo foi no teatro. Comecei então a levar esse conhecimento para a escola em que estudava, a E.E. Sebastião Walter Fusco. Ali eu e meus colegas fazíamos os trabalhos escolares com espetáculo teatral. Podia ser de qualquer matéria, a gente dava um jeito de fazer peça e apresentar pra todo o período. Essa experiência foi fundamental para que anos depois, passeando pela arte, eu voltasse meu interesse para a relação arte e educação e fosse para a formação em pedagogia.
Anos depois fui fazer oficinas culturais, Escola Viva, diversos cursos livres na área, incluindo um de iniciação clown, e por fim um curso no Senac SP, onde me formei.
Fiz parte de diversos coletivos culturais na cidade, entre eles, a Cia Los Xerebas da qual sou uma das fundadoras, recebemos alguns prêmios como o Prêmio Guarulhos Cultural, Selo Ambiental e o Troféu Arte e Movimento. Hoje não faço mais parte do coletivo, porém, me orgulho de sua trajetória.
Mesmo depois de formada, continuei perseguindo meus sonhos na atuação e realizava cursos diversos dentro da área, como por exemplo, Commedia Dell’arte, cenografia… e foi assim buscando cada vez mais conhecimentos que cheguei ao cinema.
O cinema já tinha entrado na minha vida alguns anos antes, em 2008, na iniciação clown com Ligia Maria Ruvenalth, que em suas aulas sempre citava cineastas como Chaplin e Fellini de quem via os filmes para aprender mais sobre o clown no cinema. E durante a formação em artes dramáticas, percebi que esse seria um lugar legal de contar histórias. Mas foi somente em 2014 que eu parei para olhar profundamente o cinema, fui selecionada para um curso de formação cinematográfica e ali conheci as possibilidades narrativas do cinema e também pessoas de Guarulhos que estavam nessa onda.
Em 2015 lancei meu primeiro filme, o longa metragem Xerebas.doc. No mesmo ano, produzi algumas obras com a Cia. Bueiro Aberto. Coletivo de cinema independente do qual faço parte hoje. Com uma produção intensa, temos mais de 70 obras produzidas, entre ficção, documentário, obras seriadas e também uma publicação sobre cinema o Zine Gueto Metragem. Recentemente lançamos o curta O Navio do Universo, onde atuo e dirijo a fotografia. Uma viagem cinematográfica. Também lançamos recentemente novas edições do Zine Gueto-Metragem. Com a Cia Bueiro Aberto conquistei algumas premiações e participei de diversos festivais pelo Brasil.
Na fotografia, acumulei algumas experiências com o Coletivo Fotógrafas Guarulhenses, do qual faço parte. Inclusive a de censura, um conjunto de fotografias minhas realizadas em 2018 durante as manifestações Mulheres Contra Bolsonaro, que fez parte da exposição Universo Feminino no CME Adamastor, foi brutalmente censurada pelo prefeito da cidade. No coletivo realizamos sempre duas ações no ano, o anuário em março e a exposição no segundo semestre. Esse ano, teremos um calendário especial por conta do nosso aniversário de 5 anos.
Em junho, irei lançar meu segundo longa-metragem, o filme Cabuçu Brasil Arte e Resistência na Pandemia, um panorama das artes de rua durante a pandemia de covid-19 a partir da mostra de teatro de rua de Guarulhos. Além de dar continuidade ao projeto do Zine Gueto Metragem e iniciar a preparação para o set do curta metragem Obrigada, dirigido por Ingrid Novak, do qual faço a produção.”
Cinema
Foto:Mariana Pinto
Zine Gueto Metragem Exibição e Publicação – Redatora (2021) contemplado pelo PROAC editais SP.
Série Guarulhos Letras de uma Cidade Dormitório – Fotografia, som e atuação (2021) contemplado pelo Funcultura Aldir Blanc Guarulhos.
Série Netfake Temporada 2 – Direção, roteiro e atuação (2021)
A Culpa Nunca é da Vítima – Direção, roteiro e atuação (2020)
Zine Gueto Metragem edição 6 – Redatora (2020)
Minha Vida em Quarentena – Direção e roteiro (2020) Melhor Trilha Sonora no QOFF.
A Roda das Histórias – Direção e Roteiro (2020)
IV Festival Guarufantástico – Júri técnico (2020)
Para Miguel com amor – Preparação de elenco e direção de arte (2019) Menção honrosa e melhor trilha sonora no FESTICIMM.
Nós das Ruas (2019) – dirigido em conjunto com Angélica Silva e Renato Queiroz
Palavras Deste Chão – Direção e roteiro (2019) Menção honrosa no 4 Curta Suzano.
Olha o Teatro no Meio da Rua – Direção e roteiro (2019)
Série Netfake Temporada 1 – atuação e preparação de elenco ( 2019)
Matuto Metropolitano – Direção e roteiro (2018) Menção honrosa no 12 Comunicurtas da UEPB.
Crise – Maquiagem (2017)
Amor bandido – Preparação de elenco (2017)
Mas Ele Nunca Me Bateu – Direção e roteiro (2017)
Solidão SP dirigido em conjunto com Daniel Neves (2017)
Doc. Solidão – Direção (2017)
Entre máscaras – Atuação e direção de arte (2015)
Traição – dirigido em conjunto com Wesley Gabriel (2015)
Tiro no Escuro – Atuação (2015)
“Xerebas.DOC” documentário de longa metragem – Direção (2015)
Fotografia
Foto:Rafael Vieira
Anuário Fotógrafas Guarulhos (2021)
V BIG – Bienal Internacional de Guarulhos do pequeno formato (2020)
Exposição Meu Mundo em Porta Retrato (2020)
Anuário Fotógrafas Guarulhenses (2020)
Exposição Universo Feminino (2019)
Anuário Fotógrafas Guarulhenses (2019)
Primeira exposição Fotógrafas Guarulhenses (2018)
IV BIG – Bienal Internacional de Guarulhos do pequeno formato (2018)
Teatro
Foto: Rafael Vieira
Poesia no Centro – Intervenções clown (2019)
Arraial Arte na Rua – Intervenções clown (2017, 2018 e 2019)
CabareX – Mestre de Cerimônias (2018)
“Os três porquinhos, o lobo e o lixo” – Atriz (2015)
“Trilogia Xerebística” três adaptações de comédias clássicas, “As Aves – Aristófanes, A Farsa de Inês Pereira – Gil Vicente e As Casadas Solteiras – Martins Pena” – Direção e atriz (2015). Projeto contemplado pela lei de Fomento ao Teatro e à Dança da Cidade de Guarulhos.
“Auto de Natal Brasileiro” – Atriz. Texto e direção de Calixto de Inhamuns (2014)
“Palhaços em Apuros” Espetáculo de improvisação. Clown (2014)
“A Grande Aventura de Nariguda” – Direção e produção (2014)
“EitaPomba!” – Clown (2014)
Festival Coletivo Lona Cultural – Direção artística (2014)
“Issélixo?” – Clown (2013)
Arte na Feira – Intervenções Clown (2013). Projeto contemplado pelo Funcultura.
“O Espalha Lixo” – Clown (2011-2012).
“O Mambembe” – Artur Azevedo – Atriz. Direção: Beto Marcondes (2011)
“Circo_Los Xerebas” – Atriz. Premiado no Encontro de Teatro da Cidade de Guarulhos (ETC) (2010)
“Improvisauto de Natal” – Clown (2010)
A Falecida – Nelson Rodrigues – Atriz. Direção Flávia Paiva (2007)
Redes sociais:
@adonadaideia
@companhiabueiroaberto
@fotografasgru
@cantareira
@obrigadafilme
YOUTUBE
Cia Bueiro Aberto
https://youtube.com/channel/UC7L448UpthdA4x08GJ7tgdw
Movimento Cabuçu
https://youtube.com/user/MovimentoCabucu
SITES E BLOGS