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A arte e seus benefícios para a saúde mental
Por Vanessa Ferrari
Estamos vivenciando um período delicado em que muitos buscam novas formas de se entreter e de aliviar sensações como frustração, medo, insegurança, tédio, insônia, ansiedade, raiva, preocupação, entre outras, as quais vem se fazendo mais presentes na quarentena. A arte é uma dessas formas. Ela é tanto terapêutica como pode até mesmo auxiliar na parte financeira, com as vendas de obras próprias.
O nosso cérebro é capaz de reconhecer as formas de uma pintura, as suas linhas e suas sombras de forma imediata. Ele tenta identificar rostos em boa parte das coisas que vemos. Isso se dá porque nosso cérebro está acostumado a buscar familiaridades com os objetos baseados em padrões ou formas. Logo, quando nos deparamos com uma produção artística, o nosso cérebro trabalha para dar forma e significado às informações que chegam a nós. Assim, temos uma grande capacidade de organizar formas e padrões de uma maneira que faça sentido.
Mas, independentemente dessa capacidade, o efeito da arte em nosso cérebro se dá também no aumento do fluxo sanguíneo, chegando a 10% (parecido com o efeito de quando olhamos para quem amamos). Outro efeito interessante do nosso cérebro é a cognição incorporada, que seria querer estar “dentro” da imagem, e os neurônios-espelho transformam as imagens da pintura em emoções reais. Quanto mais o trabalho é analisado, dentro do nosso cérebro será localizado o que irá “traduzir” a mensagem da pintura em emoções humanas. É por isso que a visualização de uma paisagem desértica pode produzir uma sensação do Sol tocando a pele ou até mesmo de calor. Tudo isso ocorre apenas com a observação da arte. Agora, quando se pensa sobre a criação desta, em suas variantes, esse processo revitaliza o cérebro de maneiras que diferem da simples observação. Ou seja, a arte é um grande aliado para nosso bem-estar.