Jim Carrey e as diversas faces do humor

Por Luka Oliveira e Thiago Alves

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James Eugene Carrey, ou “Jim Carrey”, é sem dúvidas um dos atores mais populares e mais importantes de Hollywood. A vida não foi fácil para Jim e sua família. De origem simples, desde cedo teve que trabalhar para ajudar nas obrigações de casa. Quando criança, Jim queria seguir a carreira no mundo do entretenimento, fosse como humorista ou com imitações. Foi então que em 1979, no Canadá, ele começou sua carreira. Uma carreira cheia de altos e baixos, com diversas premiações, filmes divertidos para toda família e filmes extremamente dramáticos. Seja como for, a maior faceta de Jim Carrey é colocar a arte pela própria arte.

No começo dos anos 80, Carrey inicia a sua carreira definitiva fazendo apresentações no “Comedy Store”. Ele inicia a carreira de maneira bem diversa, fazendo pequenas participações, pontas em filmes, tudo de maneira coadjuvante.


Há uma pequena história sobre a vida de Jim Carrey que merece destaque. Nessa época, ainda no início da sua carreira como ator, ele diz a si mesmo que será um dos maiores astros de Hollywood e será rico. Então, ele faz a si mesmo um cheque no valor de 1 milhão de dólares. E nesse momento, ele se dá um prazo de 10 anos, e diz para si mesmo que dentro de 10 anos ele irá ganhar essa quantia por um filme.

A carreira de Jim Carrey embala exatamente em 1990, quando Carrey entra para o elenco de “In Living Color”, uma série de comédia, onde Carrey foi visto pelos grandes produtores da Industria Cinematográfica Norte Americana. Em 1994, com o fim da série, Jim entra como protagonista em 3 dos maiores filmes de sua carreira “Ace Ventura”, “O Máscara” e “Debi e Lóide”. Esse foi o bum da carreira de Jim Carrey, a partir disso, o ator conquistou Hollywood e o coração do espectador de filmes de comédia. Nasce aí o fenômeno da comédia, Jim Carrey. Jim continuou no mundo da comédia e produziu grandes sucessos de bilheteria como “Batman Eternamente”, “O Mentiroso” e também fracassos, como “O Pentelho”.

Após essa onda de sucesso, Jim já estava ganhando bem mais do que aquele valor que havia colocado no cheque para si mesmo. Ele se superou e alcançou seu maior sonho, e para selar esta sensação, ele coloca o cheque no túmulo do pai, seu grande herói.

Em 1998, Jim mostra sua versatilidade como artista, e incorpora uma de suas maiores obras. “O Show de Truman”, dirigido por Peter Weir (Sociedade dos Poetas Mortos) e estrelado por Jim Carrey, questiona a realidade como um foco, os limites do controle da mídia, e os problemas da realidade e da nossa percepção sobre ela. O filme é uma ilustração da “Caverna de Platão”. Nesse filme fica claro a potencialidade da atuação de Jim Carrey tanto como humorista quanto dramaturgo. Jim Carrey não é apenas um ator engraçado, ele é uma força da natureza.

Conseguindo conciliar essa multifaceta de comédia e drama, o cinema é presenteado em 1999 com “O Mundo de Andy”, um dos filmes mais importantes para Carrey. Nesse filme, ele atua como Andy Kaufman, porém, atuar é uma palavra muito clichê para descrever Jim Carrey nessa obra. Ele incorpora Andy Kaufman usando uma técnica de atuação chamada “Atores do método”, onde o ator se recusa a sair do papel durante 24 horas. Ao assinar o contrato, Jim Carrey sai de cena e entra Andy Kaufman, vale a pena assistir o filme para notar essa sutileza na performance do Jim como Andy.

O show de atuação de Jim Carrey não acaba aí, no ano seguinte ele interpreta “O Grinch” dando continuidade na impressionante carreira como ator de comédia e marcando um dos maiores filmes natalinos da história do cinema.

Jim Carrey nunca abandonou o humor, o mundo da comédia está na essência dele. Mas como já visto, ele tem bem mais a nos dizer. E em 2004, com “Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças” ele nos diz exatamente o que precisa dizer sobre a depressão. Esse é tido como um dos filmes mais impactantes de sua carreira. É importante dizer que nessa mesma época o ator foi diagnosticado com depressão, e como um bom artista, ele ilustrou todo esse momento através do impacto entre a imagem e o espectador.

Apesar do altíssimo nível de atuação e do sucesso no cinema, Jim ainda continuou passando por diversos momentos difíceis em sua vida pessoal. Com algumas acusações culpando-o pela overdose de sua ex-namorada, Carrey diminuiu o ritmo de sua vida profissional e se afastou das câmeras. Procurou respostas em pinturas, na natureza e, enfim, foi o momento de maior introspecção de sua vida.

“Em algumas manhãs, eu acordo, sento enquanto tomo o café e olho para o meu lindo jardim e digo: Lembre como tudo isto é bom. Porque você pode perder tudo.”

Jim passou por momentos difíceis durante essa fase, sua maior salvação foi a pintura, a qual, segundo ele, o libertou da angustia e da aflição. Esse momento ficou registrado no curta documental “I needed color”.

Após essa libertação, Jim retornou para a indústria de entretenimento estrelando a série “Kidding”, uma série de drama para adultos que serve como um relato de muitas sensações e momentos de sua vida, e “Sonic – O Filme”. Mostrando a luz de um recomeço e o brilho deste grande artista que formou uma geração inteira com o seu exótico senso de humor.

Após esse breve relato, deu para você ter uma noção de como foi a vida de Jim Carrey, o seu processo criativo e seus grandes filmes. Para você aprofundar ainda mais e sentir uma vontadezinha de ir assistir, segue a resenha do Thiago sobre “O Show de Truman”!

OBS: Este texto contém spoiler

Imagina você ser gravado desde o dia de nascimento até o os dias de hoje, e descobrir que sua vida é um programa de televisão? Como reagiria?

Pois bem, Truman leva uma vida pacata e normal, quando percebe que tudo parece ser uma mentira, desde as pessoas que ele interage até o seu trabalho. Ele é gravado 24 horas por dia, as roupas do programa e as comidas são usadas para serem vendidas.

O mais estranho é ele nunca ter assistido esse programa.

Mas o filme funciona. É difícil negar a coincidência com o Big Brother Brasil, a Fazenda e outros Reality Shows. Muito tempo do filme eu vi o diretor do programa como o Boninho kkkkk

O filme é diferente dos outros filmes que foram feitos, é uma boa pedida para o sábado à tarde. A falta de empatia e o preço da audiência a qualquer custo são temas debatidos, apesar de antigo o filme parece muito atual. Jim Carrey muito genial, apesar de ser um drama não é um filme pesado.

Então anote aí mais uma dica da Revista A-Sol!

Muito obrigado pela companhia até aqui, nos vemos na próxima edição com mais um assunto sobre o fantástico mundo do cinema!